O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) anunciou, esta terça-feira, que há cerca de 40 postos de trabalho em risco, na fábrica de componentes para automóveis Gestamp, em Vila Nova de Cerveira, devido às “enormes dificuldades que o sector atravessa”.
“Foi-nos comunicado que a empresa tem, actualmente, perto de 40 trabalhadores em risco de perder os seus postos de trabalho, mas que está a fazer um esforço extra para adiar (ou evitar) esse despedimento”, refere o comunicado do SIMA.
De acordo com o documento, a informação terá sido prestada pela própria administração da Gestamp, numa das reuniões com empresas que aquele sindicato está a realizar para aferir da situação do sector automóvel.
Na base da decisão de avançar para eventuais despedimentos está a “redução significativa de veículos eléctricos que obrigaram a que muitos projectos e células de soldadura se encontrem paradas, ou com pouca carga de trabalho”, além de “o investimento da empresa não estar a ter o retorno desejado”.
O SIMA refere que no decurso da reunião com a gerência da empresa “foram abordados vários aspectos” e realça o facto de a multinacional espanhola ter atribuído no final de 2024 um aumento salarial de 70 euros a cada trabalhador, além de proporcionar várias regalias, como um cartão de 60 euros para apoio escolar, entrega de presentes aos filhos dos colaboradores e um cabaz no valor de 120 euros no Natal. Já no início deste ano, os responsáveis da empresa atribuíram aos trabalhadores “um cartão presente de 220 euros” de um supermercado.
A confirmar-se, este despedimento por parte da Gestamp surge pouco tempo depois de ter sido conhecido o encerramento de duas fábricas no Alto Minho, a Coindu (Arcos de Valdevez) e a Cablerías (Valença), a primeira das quais onde trabalhavam 350 pessoas e a segunda com 250 trabalhadores.