O Presidente da República defendeu que “quem deve prevenir” aglomerados de pessoas como os dos festejos do Sporting, em Lisboa, “não conseguiu prevenir”, esperando que tal “não tenha custos” para a saúde pública em breve.
“Quem deve prevenir não conseguiu prevenir e quem deveria prevenir são, naturalmente, as entidades responsáveis por isso”, mas também “são todo os cidadãos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Arcos de Valdevez.
Comentando os festejos em Lisboa da vitória do Sporting frente ao Boavista, que deu o título de campeão nacional ao clube de Alvalade, Marcelo referiu “esperar que daqui por 15 dias, três semanas”, o país não tenha “notícias menos boas por causa da euforia” relativamente à pandemia de covid-19.
“Foi uma noite que não correu tão bem em termos de saúde pública, mas não generalizemos”, disse, acrescentando que “o que aconteceu ontem [terça-feira] não deve ser padrão para as próximas semanas e meses”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “se toda a gente” no plano político, religioso e desportivo, entre outros, começar a entender que desconfinar significa “não observar nenhumas regras”, isso pode levar a “situações que não são boas para ninguém”.
“Vamos esperar que não tenha custos para o conjunto de lisboetas”, mas isso “só saberemos dentro de 15 dias ou três semanas”, referiu.
Questionado pelos jornalistas se os acontecimentos em Lisboa fragilizam o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Marcelo não respondeu.
Redacção com TSF
Legenda: Marcelo não fala sobre o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita/Foto Hugo Delgado