Os sete suspeitos do assassínio do empresário raptado a 11 de Março em Lamaçães, Braga, só deverão ser ouvidos esta quinta-feira pelo Tribunal de Instrução de Guimarães. Ao final do dia de hoje, o juiz estava a começar a identificá-los, após o que iria validar a detenção. Não haverá pois tempo para que comecem a ser ouvidos ainda esta noite.
Em causa está a prática de crimes de sequestro agravado e de homicídio qualificado. João Paulo Fernandes terá sido morto no próprio dia pelos três sequestradores. A PJ do Porto, que ontem deteve sete homens em Braga, Porto e Coimbra, não encontrou, ainda, o cadáver. Terá sido liquidado para o calarem num processo judicial em que a família exige a devolução de 1,9 milhões de euros. A que se somam mais 700 mil que lhe terão subtraído.
Entre os detidos estão três irmãos, de apelido Grancho Bourbon: os advogados Pedro e Manuel, com escritório em Braga, e o economista Adolfo, que trabalha no Porto. Todos detidos ao raiar do dia, em casa.
O quarto suspeito é um empresário do sector das ervanárias e dos medicamentos, oriundo de Braga,
Emanuel Marques Paulino, conhecido pela alcunha de ‘Bruxo da Areosa’ e que tem lojas na zona do Porto e em Coimbra.
Os restantes três serão os executantes, gente ligada a ‘cobranças difíceis’, um deles com cadastro por homicídio na forma tentada e tráfico de drogas. Entretanto terá já sido detido um oitavo arguido.