As explosões causadas pelo fogo posto no Mercedes usado durante o rapto do empresário de Braga morto por estrangulamento, atingiu inclusivamente o carro da PJ com inspectores que vigiavam as movimentações dos suspeitos.
Segundo apuraram as investigações da Polícia Judiciária, a preocupação dos autores dos crimes seria a destruição total dos quatro Mercedes furtados para executar o rapto e homicídio, com a prioridade ao carro onde seguiu a vítima.
Um mês depois de João Paulo Fernandes ter sido assassinado, num armazém em Valongo, o Mercedes que o transportou desde Braga logo a seguir ao seu rapto, foi queimado na Via Norte, com nuances próprias de um filme policial.
Na madrugada de 14 de Abril de 2016, o Mercedes foi atingido pelas chamas criminosas, só que, não tendo ardido por completo, provocaram explosões e projecção de material incandescente, parte do qual atingiu até o carro da PJ, cujos inspectores vigiavam, em tempo real, as movimentações dos suspeitos.
Uma grande parte do percurso dos suspeitos foi monitorizado por um grande número de investigadores da Polícia Judiciária, com fotos e filmagens, além das escutas telefónicas gravadas durante semanas a fio pelos operacionais da Secção Regional de Combate ao Terrorismo e ao Banditismo, da PJ do Norte.
Depois de encherem o Mercedes com desperdícios embebidos em gasolina, os suspeitos pararam este automóvel na EN14, na Via Norte, a cerca de 150 metros de uma estação de abastecimento de combustíveis, lançando-lhe fogo e de imediato o incêndio no carro, parado na berma, levaria a parar o trânsito.
JG (CP 2015)