Durante o ano de 2015 a Braval recolheu 14.741 toneladas de resíduos recicláveis nos ecopontos existentes na área de abrangência da Braval (Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde), mais 122 toneladas do que em 2014, quando foram recolhidas 14.619 toneladas, revela a Braval em comunicado à Press Minho.
Este aumento de 0,8 por cento, ainda que não seja muito expressivo, vem confirmar a tendência de subida da recolha selectiva, até porque a quantidade de vidro e papel/cartão aumentou 1,9%, tendo sido sentida uma descida de 0,4% nas embalagens, muito devido à introdução da fiscalidade verde, uma medida que cada vez mais se confirma boa do ponto de vista ambiental, mas que provocou uma descida abrupta na utilização de sacos de plástico.
O ano de 2012 foi o único ano em que os resíduos recolhidos selectivamente, na área da Braval, diminuíram face ao ano anterior. Apesar de terem vindo a aumentar nos últimos dois anos, ainda não se atingiu a quantidade máxima recolhida em 2011: 15.154 toneladas. “Mais uma vez se confirma a necessidade de legislar sobre a propriedade dos resíduos na via pública”, diz Pedro Machado, administrador da empresa intermunicipal.
A quantidade de resíduos provenientes da recolha indiferenciada tem vindo a estabilizar. Foram recebidas 87.650 toneladas, mais 406 toneladas do que em 2014, um aumento de 0,5%.
A recolha de óleos alimentares usados voltou a aumentar, foram recolhidos 74.074 litros, mais 3.916 litros do que em 2014. Desde o máximo atingido em 2011, quando foram recolhidos 95.000 litros de óleos alimentares usados, a quantidade recolhida foi diminuindo até estabilizar em 2014, invertendo esta tendência em 2015.
Em termos de Resíduos Elétricos e Eletrónicos e Pilhas, depois da queda dos últimos anos, a quantidade recolhida deste tipo de resíduos voltou a aumentar. Foram recolhidas 203 toneladas, mais 29 toneladas do que em 2014, o que significou um aumento de 16,7%. Apesar deste aumento, o desvio ilegal deste tipo de resíduos continua a ocorrer, refere a empresa.
“Esta proibição e infração deverão estar previstas nos regulamentos municipais de resíduos ou, então, pela legislação nacional, de forma a desincentivar este tipo de comportamentos. Os resíduos, quando são colocados na via pública pelos munícipes, é na perspetiva do seu tratamento/valorização”, explica Pedro Machado.
.Relativamente à recepção de pneus usados, continuam a aumentar tendo sido recebidas 1939 toneladas, mais 53 do que em 2014, um aumento de 2,8%.
Globalmente, 2015 foi um ano positivo, em termos de reciclagem.
A Braval felicita a população que tem contribuído para estes resultados, aqueles que separam os seus resíduos, colocando-os nos ecopontos, e apela a quem ainda não aderiu à separação de resíduos, que o passem a fazer, pois as metas estabelecidas pelo PERSU 2020 (Plano Estratégico de Resíduos Sólidos), lembra Pedro Machado “são bastante ambiciosas e, caso não sejam cumpridas, como ainda é o caso da Braval, obrigarão à punição dos sistemas de gestão de resíduos, através do agravamento da taxa de gestão de resíduos (TGR), o que se reflete num aumento da tarifa de resíduos”.