Apesar de considerar que os fundos comunitários disponibilizados para Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado ficam aquém dos necessários para um desenvolvimento integral de um território que das montanhas do Gerês desce até ao mar de Esposende, Joaquim Cracel afirma que “é altura de passar à concretização dos projectos de investimento” no quadro do programa 2020, tirando partido dos 58 milhões de euros de valor elegível dos quais perto de 50 são co-financidos pela União Europeia.
Falando esta terça-feira, em Braga, no seminário “O Cávado: território pertinente de políticas púbicas e fonte de iniciativa empresarial e cívica”, o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, frisa que “não sendo este o pacote financeiro necessário para a NUT III Cávado e muito menos o solicitado pela CIM, temos, contudo, de aproveitar e rentabilizar os cerca de 50 milhões de euros que nos compete gerir nos próximos cinco anos”.
“É altura de passar à fase de concretização de projectos e dos investimentos”, afirma Cracel, vincando que são fundamentais para a afirmação dos seis municípios da CIM Cávado (Terras de Bouro, Amares, Vila Verde, Braga, Barcelos e Esposende) no “contexto regional Norte e do Noroeste peninsular”.
PRIORIDADES
Na ausência de Manuel Moreira, presidente da autarquia amarense, coube a Cracel divulgar as áreas prioritárias de intervenção definidas no âmbito da estratégia da NUT III Cávado e do Pacto de Desenvolvimento Territorial do Cávado, saídas de dois anos de “reflexão”.
O reforço da competitividade das pequenas e médias empresas dos sectores agrícola, das pescas e da apicultura, a par do investimento no acesso às tecnologias de informação e da comunicação fazem parte da lista das prioridades.
Promover o emprego e apoiar a mobilidade laboral, a inclusão social e combater a pobreza e ainda investir no ensino, nas competências e na formação, são outras rúbricas do Pacto.
Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os sectores, promover a adaptação climáticas, prevenção de riscos, a protecção do ambiente e a promoção da eficácia dos recursos são outros objectivos.
Fernando Gualtieri (CP 1200)