Duzentos euros é quanto os três montanhistas que que salvaram em Janeiro três caminheiros perdidos no Gerês, na zona dos Carris, desembolsar.
Além dos montanhistas, também os dois homens e um rapaz de 15 anos foram notificados a pagar voluntariamente a coima mínima de 200 euros por se encontrarem a atravessar uma zona protegida do Parque Nacional Peneda-Gerês sem a devida autorização.
Além da coima, todos estão ainda obrigados a pagar 51 euros de custas processuais.
Segundo o JN, os seis montanhistas – três do grupo de perdidos e três do grupo que os salvou – são convidados a pagar voluntariamente a coima, com um desconto de 25 por cento, sob pena de prosseguir o processo e poder atingir 2000 euros.
Em Fevereiro, Joaquim Cracel, presidente da autarquia bourense, e David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, reuniram-se para encontrar soluções para evitar que incidentes como esse, que se têm sucedido com alguma frequência, se repitam.
Os responsáveis autárquicos, conforme o PressMinho noticiou, defenderam a necessidade de reforçar a sinalização e da rede de telemóvel.
Os autarcas e os representantes da Protecção Civil, INEM, bombeiros e do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) da GNR não descartam a hipótese que os resgates para quem se perder no único parque nacional existente em Portugal possam a ser pagos. O argumento é que a maioria dos casos se deveu a “pura inconsciência” dos montanheiros, como aconteceu em Janeiro e Fevereiro passados com três grupos distintos, que não tiveram em conta os avisos meteorológicos de mau tempo, tendo sido surpreendidos pela chuva insistente e frio intenso.
Em ambos os casos, o resgate obrigou à mobilização de dezenas de bombeiros, do INEM e de militares da GNR, que durante a operação colocaram em risco a sua própria segurança.
FG (CP1200) com JN