A Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH) manifesta publicamente, este segunda-feira, o seu “desagrado” pela intenção do município de retirar as esplanadas do Largo do Toural durante as Festas da Cidade e Gualterianas, entre 2 e 5 de Agosto.
Em comunicado, a associação afirma que “mais do que a decisão, o desagrado assenta na forma como foi tomada e executada”.
“Não se pode aceitar que a oito dias do evento os nossos Associados sejam notificados com uma medida que é prejudicial ao seu negócio e que não é justificável e ou compreensível”, diz, apontado que, a manter-se, a decisão “terá um impacto mínimo estimado 10 mil euros a cada um dos estabelecimentos afectados”, nomeadamente o Restaurante 34 e Cervejaria Martins.
A AVH recorda que desde 2022 que o Toural “é o palco de grandes eventos e em nenhum deles foi necessário retirar ou condicionar o acesso às esplanadas dos estabelecimentos aí instaladas e licenciadas”. “Mais, em nenhum dos eventos foi colocada a limitação do tamanho do balcão ou até mesmo um condicionamento tão prematuro do recinto.”
“Não é aceitável, também, que a forma usada para informar os nossos associados seja feita através de um ultimato escrito na forma de carta, tendo por meio de diligência a Polícia Municipal”, refere o comunicado.
A associação sustenta que “decisões desta natureza devem ser debatidas e conversadas para que o seu impacto seja mitigado e reduzido. Para o efeito, não foi esta decisão devidamente explicada quer à Associação quer aos seus associados, que serão os principais afectados por deliberações desta natureza”.
“Não se entende também como é que a entidade organizadora do evento se esconde atrás de uma carta e não tem a dignidade de ir ao terreno explicar e dar uma justificação às pessoas por tal decisão”, lê-se no comunicado, que termina, questionando: “o que levou a esta decisão? Qual o argumento usado para a retirada das esplanadas?”
Fernando Gualtieri (CP7889)
