Dissolução em 2017. Foi este o resultado da assembleia-geral da SGEB-Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, criada em 2009 pela anterior gestão socialista, para 44 relvados sintéticos e outros equipamentos. E que custa seis milhões de euros por ano aos cofres da Câmara, valor que se reduzirá para metade com novo empréstimo bancário.
As empresas ABB- Alexandre Barbosa Borges – gerida por Gaspar Borges – e a Europa Ar-Lindo – de Domingos Coreira – abstiveram-se na votação da proposta apresentada pela Câmara. Discordam, no entanto, do valor proposto como indemnização, 1,5 milhões de euros, e vão recorrer ao Tribunal Arbitral para pedir mais dinheiro.
Vão, também, receber o dinheiro investido na firma, cerca de oito milhões para a ABB, e dois para a Ar-Lindo.
Com esta decisão, o Município poupa 80 milhões em 23 anos, libertando recursos financeiros para outros investimentos, até agora dificultados devido à renda de 500 mil euros que pagava mensalmente à banca e aos dois privados (estes recebiam 7,25 por cento de juros sobre o capital investido). Situação que Rio já classificou como sendo “gestão criminosa” do seu antecessor, Mesquita Machado.
Ao que o PressMinho/ OVilaverdense soube, o Tribunal de Contas concordou com a “internalização” da SGEB, dado ter entendido que os 50 milhões que vão ser pedidos à banca, não são um novo empréstimo. O que não afeta a capacidade de endividamento da Câmara, algo fulcral no ano em que arrancam as obras financiadas por fundos comunitários, e em que a Câmara é obrigada a entrar com uma percentagem dos investimentos. Estão neste caso, os investimentos na renovação do Parque de Exposições de Braga e do Mercado Municipal, entre outros.
A dissolução foi quarta-feira anunciada por Ricardo Rio na Assembleia Municipal, tendo a medida sido apoiada pela oposição.
Luís Moreira (CP 8078)