A imagem e as palavras à comunicação social de Feyisa Lilesa após o final da maratona do Rio 2016 ficarão para a história. O atleta etíope cruzou os braços quando cortou a meta, em forma de protesto contra o seu governo. As autoridades etíopes garantem que o maratonista não vai sofrer qualquer represália devido à sua opinião política.
A Etiópia assegurou esta segunda-feira que Feyisa Lilesa, que conquistou a medalha de prata na maratona olímpica, pode regressar a casa sossegado.
Ao atravessar a meta, o maratonista curzou os braços, num gesto de apoio à tribo Oromo que se opõe à intenção do governo de construir projectos no território que lhes pertence. O atleta disse aos jornalistas que ia ficar no Brasil porque temia ser morto ou preso no regresso à Etiópia.
A CNN falou, entretanto, com o ministro das comunicações etíope que garantiu a segurança de Feyisa Lilesa dizendo que ele é um herói nacional e é assim que será tratado quando chegar ao país.
O porta-voz do governo, Getachew Reda, afirmou também à agência local de notícias que Feyisa Lilesa será bem recebido, tal como seus colegas de equipa.
A tribo Oromo, historicamente marginalizada pelo governo, revoltou-se por temer perder as terras. Uma revolta que foi travada pelo governo. A organização Human Rights Watch diz que já morreram por esta causa cerca de 400 pessoas às mãos das forças de segurança.
FG (CP 1200) com TSF