Foi na Portela do Vade. Para tentar cobrar uma dívida da venda de um carro, dois homens ameaçaram e agrediram o devedor e um grupo de familiares e amigos. E um deles disparou tiros de caçadeira contra um grupo de pessoas que saiu do café para ver a rixa. Vão ser julgados por ofensa à integridade física e coacção.
Passou-se em Abril de 2013. O arguido José António Sousa Silva, de 25 anos, morador na Ponte da Barca, telefonou a marcar encontro, junto ao multibanco da Portela do Vade, com José Ferreira, por causa de uma dívida que este tinha relacionada com a compra de um carro.
O devedor, temendo que José Silva levasse amigos para o agredir, arranjou alguns familiares e amigos e dirigiu-se ao local.
Mal saiu do carro, foi recebido a murro e a zaragata armou-se…De seguida, o outro arguido, Miguel João Soares da Silva, de 27 anos, e residente em Vila Verde (primo de José Silva) saiu do café da zona, de caçadeira semi-automática na mão e dirigiu-se a José Ferreira, que entretanto se refugiara no carro; encostou-lhe a arma à cabeça e disse: “tens três segundos para sair daí senão mato-te”.
Ameaça que Ferreira levou a sério, saindo. Levou, depois, uma coronhada e vários socos e voltou a ver a arma perto da cabeça.
A cena de pancadaria, protagonizada na sua maioria por Miguel Silva, incluiu novas ameaças de morte, pancadas com a arma, outros socos, e disparos, que inicialmente foram para o ar, mas que viriam a atingir dois curiosos, entre um grupo que estava a mirar o “espectáculo”. Os bagos de chumbo causaram estragos nas vítimas, especialmente numa delas que tem sequelas permanentes.
José Silva está acusado, pelos murros, do crime de ofensa à integridade física simples, enquanto que o primo vai responder por quatro crimes, dois de ofensa qualificada e dois «simples». O mais grave pode ser o estar acusado de quatro crimes de coação, três na forma agravada.
Luís Moreira (CP 8078 )