Três homens de nacionalidade espanhola estão a ser acusados de usurpação de funções públicas, falsificação de documentos oficiais e tentativa de fraude, depois de terem roubado jóias, num estabelecimento em Valença, disfarçados de polícias.
De acordo com o jornal Vigo ES, a investigação teve início em Março deste ano, quando foi recebido um relatório policial do Núcleo de Investigação Criminal da Guarda Nacional Republicana de Valença.
Nesse documento constava a informação de que três pessoas se apresentaram num estabelecimento de compra/venda de ouro e jóias, localizado em Valença, e que dois deles se identificaram como polícias espanhóis, exibindo duas carteiras com distintivos aparentemente oficiais, e solicitaram à funcionária do estabelecimento a entrega das jóias que haviam sido vendidas dias antes pela terceira pessoa que os acompanhava, alegando que esses objectos faziam parte de uma investigação judicial em andamento em Espanha por roubo.
Quando a funcionária do estabelecimento decidiu pedir assistência da Polícia de Segurança Pública (PSP) para esclarecer os fatos, os três homens deixaram o local dando respostas evasivas.
Através do estudo das imagens das câmaras de segurança do estabelecimento, foi possível identificar os autores, que se revelaram ser três homens naturais de Vigo, com 38, 45 e 80 anos. Pelo menos um deles tem antecedentes criminais.
O estabelecimento havia pago 4000 euros por essas jóias, embora o “seu valor possa chegar ao dobro”, conforme especificado pela Guarda Civil.
“A complexidade da investigação desses crimes reside no fato de que os fatos ocorrem fora de Espanha, embora a justiça espanhola possa ser considerada competente para investigá-los”, explica a Guarda Civil.