Rui Horta e Costa, que renunciou esta quarta-feira ao cargo de administrador não-executivo dos CTT, é arguido na Operação Marquês, por suspeitas de corrupção activa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança, confirmou o Ministério Público.
A Procuradoria-Geral da República adiantou que Rui Horta e Costa está sujeito à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência, por suspeitas da “prática de factos susceptíveis de integrarem os crimes de corrupção activa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança”.
Rui Miguel Horta e Costa renunciou ao cargo de administrador não executivo, mostrando-se indisponível para o exercício de idênticas funções no mandato 2017-2019, indica um comunicado dos CTT enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nesse comunicado, a empresa explica que a renúncia ao cargo foi feita “por motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem [terça-feira] efectuada das Recomendações da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração dos CTT”.
A notícia da constituição de Rui Horta e Costa como arguido foi avançada pelo Correio da Manhã, que escreve que o antigo administrador do ‘resort’ Vale do Lobo é suspeito de, a par de Diogo Gaspar Ferreira, ter promovido o pagamento ilícito de dois milhões de euros a Armando Vara e Carlos Santos Silva, através de uma parcela de dinheiro não declarada no negócio de venda de um lote de terreno em Vale do Lobo ao holandês Sander van Gelder.
A Operação Marquês também tem como arguidos José Sócrates, Ricardo Salgado, Armando Vara e o empresário Carlos Santos Silva, entre outros.
Fonte: Renascença