O líder do PSD, Rui Rio, “o Governo mente” quando fala de dívida pública. “Não é de 385 milhões, mas sim de 965 milhões”, afirmou este sábado, em Esposende, destacando ainda que “há uma dívida brutal de 122% no PIB”.
Recebido por 2750 pessoas na Festa da Europa, na Quinta da Malafaia, organizada pelos eurodeputados José Manuel Fernandes e Paulo Rangel, (com apoio do PPE- Partido Popular Europeu), Rui Rio foi recebido, de forma efusiva, à boa maneira minhota, com muita música e cozinha regional.
No seu discurso, o líder social democrata foi contudente nas críticas à gestão do governo da geringonça, ao afirmar que o orçamento de Estado para 2019 está cheio de mentiras e distorções: “Mentiras grandes, médias e pequenas”, ironizou.
“Se a autarquias não estivessem inseridas, a dívida do Estado seria de 120% do PIB. Ou seja, são vocês autarcas, muitas vezes sem grandes financiamentos, que estão a fazer um bom trabalho”, apontou.
Acusando António Costa de não se preocupar com o futuro do país e dos portugueses – “está a olhar para o presente, pois vêm aí eleições” – Rui Rio revelou que quer, para além de chumbar a taxa de protecção civil, “manter o valor das propinas e criar mais residências universitárias”, assim como estender os manuais gratuitos ao ensino privado, colocar o passe social mais barato em todo o país, repor o imposto sobre produtos petrolíferos no patamar de 2016 e conceder benefícios fiscais a todos os emigrantes que queiram regressar a Portugal”.
JOSÉ MANUEL FERNANDES ELOGIA AUTARCAS
No uso da palavra, o eurodeputado José Manuel Fernandes destacou o papel dos autarcas na execução dos fundos europeus. “Mais do 80% do investimento público em Portugal tem origem nos fundos europeus. É com estes autarcas que vamos conseguir duas vitórias, nas europeias e legislativas”, apontou
Para José Manuel Fernandes, coordenador do PPE na Comissão dos Orçamentos, A Festa da Europa homenageou “aqueles que todos os dias dão o máximo pelo desenvolvimento da nossa terra”.
E atacou o PS, lembrando que “foi o PSD que tirou o país da bancarrota”.
“Não fomos nós que colocamos o ministro indiciado por corrupção a governar Portugal, não somos nós que temos um Primeiro-Ministro que perdeu as eleições, não somos nós que colocamos uma carga fiscal nunca vista, não somos nós que colocamos o país com um investimento público menor do que no tempo da troika”, sublinhou José Manuel Fernandes.
Luís Moreira (CP 8078)