O presidente do SC Braga, António Salvador, considerou durante a assembleia geral (AG) que o clube vive o melhor período da sua história e apelou à autarquia local para ceder o estádio municipal.
Dizendo acreditar que o SC Braga “vive o melhor período da sua história em todos estes níveis, desportivo, social, financeiro e infra-estrutural”, o líder dos minhotos frisou a importância do Estádio Municipal de Braga “passar a ser uma responsabilidade integral” do clube para o seu crescimento, “o que obviamente implica a sua propriedade”.
“Só faz sentido pensar o nosso futuro no actual estádio. Para continuarmos a ter sucesso desportivo, social e financeiro precisamos de um estádio melhor e de continuar a ser a referência que já somos ao nível das infra-estruturas”, disse o responsável aos sócios na AG, que teve lugar no pavilhão multiusos do SC Braga.
O SC Braga ser detentor do Estádio Municipal “permitiria concretizar um ambicioso plano de manutenção estrutural e de renovação profunda do recinto e do seu entorno, com o objectivo de melhor servir sócios, adeptos, parceiros, clube e SAD”, defendeu.
Para o presidente dos minhotos, o crescimento do SC Braga “com equilíbrio e sustentabilidade” implica aumentar as receitas operacionais “e o estádio é fundamental” para isso, ainda que implique “um investimento avultado em remodelação e manutenção”
“Mas, teria valor para a cidade, na medida em que o SC Braga se substituiria à autarquia na missão de cuidar e de melhorar esta infra-estrutura”, notou.
Frisando que “não tem comentado as insistentes tentativas da Câmara no sentido de forçar uma compra que não tem cabimento para esta direcção nos moldes em que tem sido sugerido”, o líder ‘arsenalista’ defende que “não faz sentido equacionar qualquer outro proprietário para o estádio que não seja o clube”.
A edilidade bracarense, liderada por Ricardo Rio, já disse publicamente estar disponível para alienar o recinto por 20 milhões de euros, mas afastou a cedência a título gratuita.
Para António Salvador, “obviamente, não pode o clube suportar o eventual valor de aquisição, assim como não pode gerar as verbas necessárias para a sua manutenção e a sua modernização”. “Desta forma, o único caminho que vejo passa pela cedência da propriedade ao SC Braga, que, via protocolo com a SAD, deve salvaguardar a utilização do estádio por esta”, explanou.
Para o presidente dos minhotos, só o SC Braga pode impedir que o estádio “se torne num novo 1.º de Maio”, antigo recinto dos bracarenses, também municipal, e em avançado estado de degradação, “porque a autarquia não gasta nem vai gastar mais dinheiro com este estádio, nem sequer para manutenção”.