Os fãs da música electrónica e da arte digital não podem esquecer estas datas: 28 e 30 de Outubro. É que neste fim-de-semana Braga volta a receber (pela sexta vez) o Semibreve, um dos festivais dedicados a estes campos da musica e do digital, e de que já conquistou um lugar na rota dos festivais europeus ‘electrónicos’. Nota: os passes gerais já esgotaram e já sobram poucos bilhetes diários.
O festival reparte-se pelo Theatro Circo, pelo espaço GNRation e pela Casa Rolão, e apresenta, assegura a organização, “um cartaz ambicioso que explora o que de mais marcante e inovador vai sendo criado no vasto universo da música electrónica e da arte digital”.
Nomes fortes como Tyondai Braxton, Kaitlyn Aurelia Smith, Oliver Coates e Nídia Minaj, actuam pela primeira vez a Portugal, juntando-se aos já conhecidos Andy Stott, Paul Jebanasam & Tarik Barri e Ron Morelli.
O festival conta ainda com um vasto programa de instalações, entre as quais ‘Quintetto’ da autoria do colectivo italiano Quiet Ensemble e ‘Growing Verse’ de Junya Oikawa, artista japonês vencedor do EDIGMA Semibreve Award, um prémio que visa estimular a criação artística digital, que este ano dedicou especial atenção a projectos artísticos que recorram à interactividade, ao som e à imagem, contando com supervisão do engage lab da Universidade do Minho.
Um dos pontos altos do Semibreve é o concerto – aberto ao público – de música contemporânea protagonizado pela norte-americana Christina Vantzou, e tem lugar na tarde de sábado (dia 29) na Capela Imaculada do Seminário Menor.
“O Semibreve demonstra o eclectismo existente em Braga, a vitalidade das nossas instituições e a diversidade e ambição das muitas iniciativas que não são apenas referências para Braga, mas sim para o país e até mesmo a nível internacional”, comenta Ricardo Rio, sublinhando que o festival “é um extraordinário exemplo da enorme qualidade e arrojo das iniciativas que Braga desenvolve”, sendo mesmo “um desafio ao encontro de um percurso cultural alternativo, que potencia o interesse dos bracarenses para algo fora do que é considerado como tradicional”.
Candidatura à UNESCO em Media Arts
Para o presidente da autarquia bracarense, são iniciativas como o Semibreve que reforçam a candidatura a cidade criativa da UNESCO no campo das Media Arts.
“Não é por acaso escolhemos as Media Arts para esta candidatura. Esta é uma área onde os desafios à criatividade e à inovação dos municípios são mais exigentes, mas é também a forma de enaltecer a ligação entre as múltiplas dimensões de uma Braga cultural, com a dimensão económica de uma cidade tecnológica com base no seu tecido empresarial”, afirma.
O festival é organizado pela AUAUFEIOMAU com o apoio do município e tem com um dos objectivos contribuir para a divulgação de produção científica no campo das artes digitais produzida por instituições de referência, nomeadamente a Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade Católica, Fundação Bienal de Cerveira e Digitópia/Casa da Música.
FG (CP 1200)