Depois de 16 horas de debate, o senado na Argentina rejeitou a lei que permitia o aborto até às 14 semanas. A proposta foi rejeitada por 38 senadores, com 31 a votarem a favor, e dois a absterem-se.
A proposta era defendida pelo presidente Mauricio Macri, que considerava a lei como uma medida importante para dar às mulheres um direito, mesmo que pessoalmente se oponha ao aborto. Já o papa Francisco, argentino, foi protagonista de várias mensagens pressionado os senadores a rejeitarem a lei.
A iniciativa de legalização do aborto tinha sido aprovada em Junho pela Câmara dos Deputados, mas tinha de ser aprovada pela Câmara Alta do Senado.
A votação foi acompanhada por milhares de pessoas, em vigília à porta do Congresso.
A lei argentina apenas permite a interrupção da gravidez em caso de violação ou de risco para a saúde da mulher. De acordo com estatísticas não oficiais, todos os anos cerca de 450 mil argentinas abortam de forma clandestina no país.
FG (CP 1200) com TSF