As aldeias da Serra d’Arga, em Caminha, que em Agosto de 2015 viveram o “mais grave” incêndio que afectou o concelho, ainda esperam por meio milhão de euros para ‘limpar’ os danos que as chamas provocaram na paisagem.
Este é um “amargo de boca” para Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha, que em Agosto de 2015 assistiu à angústia das populações das aldeias das Argas (Arga de Baixo, Arga de Cima e Arga de São João).
O incêndio começou em Vila Nova de Cerveira, entrou em Caminha e “foi travado” na Serra d’Arga, antes de chegar a Viana do Castelo. Para trás deixou um rastro de devastação em mais de mil metros de floresta numa zona considerada “um verdadeiro santuário natural”. Arderam mais de metade dos baldios de Arga de São João.
“Era importante aplicarmos esse dinheiro na limpeza dos detritos do incêndio do ano passado, na desobstrução das linhas de água e na regeneração dos solos”, especificou o autarca, que continua “confiante” na aprovação, em breve, daquele financiamento.
Este ano o município investiu cerca de 157 mil euros na abertura de caminhos florestais que atravessam o concelho, do Vale do Âncora ao Vale do Minho.
“Estes acessos vão servir parcialmente o Rali de Portugal, mas sobretudo ajudar na prevenção e combate aos fogos”, refere
A Câmara constituiu ainda “uma nova equipa, composta por quatro elementos que foi buscar ao fundo de desemprego” e que está a trabalhar na limpeza de terrenos e caminhos. Esta equipa vai apoiar, quando necessário, a Protecção Civil e os sapadores florestais de Riba de Âncora.
FG (CP 1200) com Porto Canal