Sete dos 14 guardas do posto do Sameiro da GNR de Braga, que se queixaram, em Julho, ao Comando Distrital e Nacional, da actuação do comandante, o sargento Hélder David Antunes, meteram baixa psiquiátrica, por não conseguirem trabalhar sobre as suas ordens.
João Magalhães, advogado e defensor da maioria dos guardas, afirmou que os militares “continuam a contestar a actuação do graduado, já que este insiste em lhes exigir que multem automobilistas, sob pena de sanções disciplinares”.
O jurista sublinha que, nalguns casos, o comandante exigiu que fossem vistos por um médico do Hospital Militar do Porto, o que sucedeu, com a confirmação da baixa médica.
“Não se compreende que, depois da queixa dos 14 guardas contra o responsável do posto do Sameiro e com as inquirições a decorrer, ele continue no comando a fazer as mesmas coisas”, lamentou o jurista, frisando que, “se fosse um simples militar a ser alvo de processo disciplinar, ele era logo suspenso de funções”.
MILITARES “APAVORADOS”
Na queixa, os guardas diziam-se “desmotivados e apavorados” com “a coação, e as ameaças” do comandante.
Afirmam que, quem não cumprir a meta de contra-ordenações que o sargento impõe, é punido com mudança de horários nos turnos, proibido de trocar serviço com um colega e ameaçado de procedimento disciplinar.
O advogado diz que a acção do comandante “é atentória da dignidade dos militares e viola o Regulamento de Disciplina Militar”. E promete avançar com uma queixa-crime, após o caso ser resolvido pelo comando.
O Vilaverdense/PressMinho contactou o posto do Sameiro mas não conseguiu falar com o sargento.