O centro comercial Nova Arcada (antigo Dolce Vita Braga) abre ao público a 17 de Março, anunciou a Sonae Sierra. A abertura do shopping põe termo a um processo de 10 anos atribulado pela crise económica e falência do seu primeiro promotor. No total são criados dois mil postos de trabalho directos.
Em declarações ao jornal electrónico Dinheiro Vivo, Álvaro Costa, director comercial da Sonae Sierra em Portugal, as 110 lojas estão praticamente todas arrendadas.
“A dois meses da inauguração do Nova Arcada temos o centro praticamente todo comercializado com uma percentagem significativa de contratos fechados [95%], o que antecipa o sucesso do centro comercial”, afirma o gestor.
O Ikea, que ali abre a quarta loja em Portugal e a primeira em Braga, ocupa mais de 20 mil metros quadrados e só à sua conta cria 250 empregos directos e mais 50 indirectos.
O Nova Arcada conta ainda com a primeira loja da marca de roupa Lefties em Braga e também com novos conceitos de loja da Bershka, Stradivarius, Pull&Bear, Tiffosi e Parfois. Espaços que se juntam a outras marcas como a Levi’s, Salsa, Cortefiel, Lanidor, Parfois, Springfield, Women’s Secret, Zippy, Intimissimi, Perfumes & Companhia, Loja do Gato Preto, Calçado Guimarães, Boutique dos Relógios, Pandora e Multiópticas.
Um hipermercado Continente com 11 mil metros quadrados, uma Worten, uma Sportzone, um healthclub, uma zona exterior para lazer, várias lojas de serviços (cabeleireiro, agência de viagens, loja de câmbios, loja de chaves, sapateiro e reparação de smartphones), 11 salas de cinema e 20 restaurantes, entre eles a Pizza Hut, Burger King, Vitaminas, Wok to Walk, Talho Burguer e ainda um indiano e um japonês (sushi) ocupam outras das 110 lojas, distribuídas por 68,5 mil metros quadrados que incluem ainda um parque de estacionamento de quatro pisos com capacidade para 2600 carros.
A abertura do Nova Arcada marca o culminar de um processo que se arrasta há mais de 10 anos. Projectado pela imobiliária espanhola Chamartín, começou a ser construído em 2006 e tinha abertura prevista para 2008. Mas a um ano da data prevista, a empresa começou a mostrar dificuldades em encontrar marcas para arrendar lojas, muito porque, em simultâneo, estava em construção um outro shopping – o Braga Parque.
A abertura acabou por ser adiada para 2009, depois para 2010 e ainda para 2011, mas por esta altura o problema já não era a concorrência do outro shopping ou a falta de marcas. Foi a partir de 2010 que a crise dos centros comerciais se instalou em Portugal, fruto de um excesso de oferta.
O Dolce Vita Braga ficou para segundo plano e sem qualquer data para abrir. A construção estava praticamente pronta e já tinham sido investidos cerca de 137 milhões de euros. Entretanto, com a crise económica a Chamartín entrou em insolvência em Portugal e teve de entregar todos os activos à banca, incluindo este que foi parar às mãos da Caixa Geral de Depósitos.
Em 2014 o banco e a Sonae Sierra chegaram a acordo para que a empresa ficasse a gerir o centro e já o ano passado assinaram um acordo com a Ikea para lá abrir uma loja.
FG (CP 1200) com Dinheiro Vivo