O Ministério da Educação convocou, esta segunda-feira, as organizações sindicais de professores para uma nova ronda negocial, a 18 e 20 de Janeiro, com o objectivo de discutir o “novo modelo de recrutamento de professores”.
“As 12 organizações sindicais de professores foram hoje [segunda-feira] convocadas para a terceira ronda das negociações no âmbito da discussão do novo modelo de recrutamento de professores”, l-se numa nota enviada às redacções.
O ministério refere que esses encontros ocorrem nos próximos dias 18 e 20, no “seguimento do calendário acordado em Novembro entre os sindicatos e o Ministério da Educação”.
Nesse momento, é também “analisada uma proposta de calendário negocial sobre outras matérias”, esclarece o Ministério da Educação.
O anúncio agora feito pela tutela surge numa altura em que decorre já, desde 9 de Dezembro, uma paralisação de professores por tempo indeterminado, que foi convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP). A organização sindical entregou já pré-avisos de greve para todo este mês.
O exemplo foi seguido pelo Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE), que convocou para a semana passada (a primeira do segundo período) uma greve parcial ao primeiro tempo lectivo. A mesma foi, entretanto, já prolongada até Fevereiro.
Por sua vez, vai também realizar uma greve por distritos, entre 16 de Janeiro e 8 de Fevereiro, desta feita convocada por oito estruturas sindicais, entre as quais se destacam o SIPE e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Em causa estão paralisações que, de acordo com a informação avançada anteriormente pelo SIPE, surgem com o intuito de mostrar o desagrado dos professores contra algumas propostas do Governo para a revisão do regime de recrutamento e colocação dos docentes – bem como contra outros temas que têm já vindo a ser amplamente discutidos pela opinião pública ao longo dos últimos anos, como é o caso das condições gerais de trabalho dos professores e da recuperação integral do tempo de serviço.
O anúncio agora feito pelo Ministério da Educação, que concerne uma nova ronda das negociações com os sindicatos dos professores, surge depois de outros dois encontros negociais, nos quais os docentes e a tutela não foram capazes de atingir um acordo definitivo, capaz de colocar fim às paralisações no ensino.