A PJ quer saber o destino dos 20 por cento, um milhão de euros, que foram pagos pelo Sporting de Braga aos clubes russos – através do União de Leiria – que formaram o guarda-redes Stalisnav Kritsyuk nas camadas jovens.
O atleta foi vendido em janeiro ao Kradosnar por cinco milhões, mas a SAD bracarense – que nada tem a ver com o caso em termos criminais – apenas recebeu quatro já que a verba restante terá ido para “direitos de formação” na Rússia.
Os investigadores suspeitam que o ‘milhão’ poderá ter ido parar – a título de comissão – aos bolsos do empresário russo Alexander Tolstikov, presidente da SAD da União Desportiva de Leiria, que foi detido e ficou em prisão preventiva no âmbito da operação ‘Operação Matrioskas’.
A Polícia esteve, em maio, no estádio municipal de Braga e pediu, aos serviços administrativos do clube, cópia do contrato assinado com o guarda redes russo Stalisnav Kritsyuk que foi comprado pelo clube bracarense ao União Desportiva de Leiria. E revendido em janeiro.
Kritciuk chegou a Braga no verão de 2012, a custo zero. Começou na equipa B, e esteve emprestado ao Rio Ave. Aos poucos foi-se impondo, tendo chegado, na época que agora terminou, ao estatuto de titular na equipa.
Fonte do clube disse, na ocasião, que a venda foi legal e transparente e que o seu resultado financeiro foi público e “comunicado ao fisco”.
Recorde-se que, e em comunicado então emitido no seu site, a administração garantiu que “nem a SC Braga – Futebol SAD nem qualquer um dos seus representantes ou
colaboradores são visados na investigação referida, tendo prestado todas as informações solicitadas e demonstrado total disponibilidade para cooperar com as entidades competentes”.
Luís Moreira (CP 8078)