O Sporting Clube de Braga prestou uma caução em Tribunal para evitar que a Taça de Portugal conquistada em 1966, e que se encontra penhorada à ordem de um processo que envolve o antigo gestor do Bingo, Sebastião Carvalho Campos, seja posta à venda.
Fonte ligada ao processo adiantou que o clube interpôs recurso de revisão para revogação da sentença do Tribunal da Relação de Guimarães, que o obriga a pagar uma verba que diz ser de 574 mil euros, mas que a advogada do ex-gestor do Bingo, Amélia Mesquita, do escritório de Nuno Albuquerque, diz que ultrapassa os 800 mil.
O recurso tem como fundamento o de que a sentença foi proferida com base em documento falso, “o qual determinou os montantes elevados dela constantes”, recurso esse que já foi admitido pelo tribunal de Justiça.
O Clube não pagar voluntariamente uma dívida de 797 mil euros ao antigo gerente do Bingo, Sebastião Carvalho Campos, e diz que soube que o ex-gerente do Bingo tinha saído de outras empresas, onde trabalhava ao mesmo tempo que era diretor da sala de Bingo, e onde também era contabilista. Acrescenta que, na sequência da descoberta de irregularidades na contabilidade, em prejuízo daquelas, ordenou que fosse feita uma auditoria à contabilidade do Bingo, tendo verificado que o salário real do trabalhador era de apenas 1.500 euros e que o recibo de vencimento que este apresentou ao tribunal era falsificado, tanto que nem constava do programa de contabilidade onde eram processados os salários.
Garante que a Taça não sairá da vitrine do museu do clube e que só pagará após a decisão final do Tribunal.
Luís Moreira (CP 8078)