Dos 6.880 tratamentos contra a hepatite C finalizados, em Portugal, 6.639 (96,5%) resultaram na cura dos doentes, segundo dados do Infarmed, o instituto que regula o sector dos medicamentos. No total, não houve cura em 3,5% (241) dos casos.
O Infarmed autorizou 17.591 tratamentos contra a hepatite C, tendo sido iniciados 11.792 tratamentos.
A propósito do Dia Mundial Contra as Hepatites, que se assinala esta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados que mostram que as hepatites virais provocaram 1,34 milhões de mortos em 2015.
Este número é comparável ao das mortes causadas pela tuberculose e é maior do que as provocadas pelo VIH.
A OMS ressalva que, enquanto o número de mortos provocadas por hepatites virais tem vindo a crescer, os causados pela tuberculose e o VIH estão a descer.
O Dia Mundial Contra as Hepatites é uma oportunidade para impulsionar as iniciativas com vista à aplicação da primeira estratégia mundial do sector da saúde contra as hepatites víricas (2016-2021) e para ajudar os Estados-membros a conseguir o objectivo final: eliminar as hepatites.
Onze países concentram quase metade da carga mundial de hepatites crónicas: Brasil, China, Egipto, India, Indonésia, Mongólia, Birmânia, Nigéria, Paquistão, Uganda e Vietname.
Outros 17 países apresentam uma alta prevalência da doença: Camboja, Camarões, Colômbia, Etiópia, Filipinas, Geórgia, Quirguistão, Marrocos, Nepal, Peru, Serra Leoa, África do Sul, Tailândia, Tanzânia, Ucrânia, Uzbequistão e Zimbabué.
Os 28 países têm 70% da carga destas doenças.
Em Portugal, o Dia Mundial Contra as Hepatites é assinalado com a apresentação do relatório do Programa Nacional para as Hepatites Virais (2016-2017) e das linhas estratégicas do Programa Nacional para as Hepatites Virais (2017-2018).
Na sessão participa o cantor Rui Reininho, para a apresentação do testemunho ‘Hepatite C na primeira pessoa’.
Fonte: Renascença