A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ATEM) denunciou este sábado a falta de equipamentos de protecção individual dos elementos do INEM que socorreram as vítimas do acidente da manhã deste sábado na A1 que causou três mortos, todos de Guimarães, e 32 feridos.
Em comunicado enviado à Lusa, a ATEM, depois de lamentar as três mortes, alerta que “as equipas do INEM não dispõem de equipamentos de protecção individual adequados à intervenção neste tipo de incidente”, salientando que os membros do INEM que participaram na operação de socorro na A1 “apresentavam-se unicamente de capacete, sem qualquer outro equipamento de protecção individual, nomeadamente casaco ou calças conforme ditam as mais elementares regras”.
Segundo aquela associação, “em todo o tipo de intervenção a regra nº 1 é a garantia da segurança das equipas que intervêm na prestação dos cuidados e socorro, o que aqui esteve em causa”.
A ATEM deixa, por isso, críticas ao INEM: “Aquilo que se deveria afigurar uma preocupação do INEM, a dotação das suas equipas de equipamentos de protecção individual, adequados à sua intervenção neste tipo de incidente, parece não ser prioritário, o que se lamenta e não se compreende”.
Com base na análise das imagens do acidente, que causou três mortos, seis feridos graves, cinco críticos e 22 feridos ligeiros, a ATEM realçou o facto de os elementos do INEM estarem só “com capacete e polo de manga curta” dentro do autocarro acidentado.
“Podemos de forma segura afirmar que as condições de segurança destes não estavam garantidas, podendo em última análise tornarem-se de igual modo em vítimas”, realça.
Além do equipamento inadequado por parte das equipas do INEM, a ATEM critica o número de pessoas no local: “De igual modo, alertamos para a presença de elementos alheios às operações, demasiadamente próximos, o que para além de colocar estes em risco, dificulta a prestação de cuidados e socorro das equipas empenhadas Teatro de Operações”.