O Tribunal de Guimarães condenou esta quarta-feira com penas de prisão efectiva superiores a sete anos e quatro meses quatro dos cinco arguidos por tentativa de homicídio, no caso das facadas desferidas contra um homem no Bairro de Nossa Senhora da Conceição, em Guimarães.
O colectivo de juízes considerou provado os dois crimes de homicídio na forma tentada dos três arguidos homens, condenando-os entre sete anos e seis meses e sete anos e dois meses
A mulher, de nome Elsa, foi absolvida do crime de homicídio tentado, mas condenada pelo segundo com cinco anos e dois meses. Já outra mulher, Henriqueta, foi absolvida do crime de que era acusada.
Foram condenados ao pagamento de, no total, 22 mil euros à vítima, conhecida localmente por ‘Nivinha’
O colectivo de juízes considerou como provado a co-autoria dos crimes, alegando que os arguidos atingiram, “indiscriminadamente” a vítima com armas brancas, com o objectivo de tirar a vida ao ofendido que só não aconteceu por “sorte”
No final da leitura do acórdão, o advogado de defesa, citado pelo Grupo Santiago, considerou as penas “excessivas” e “desajustadas”, pelo que vai recorrer.
Os primeiros desacatos aconteceram em Setembro de 2022, depois da funcionária do quiosque do bairro exigir a identificação a um jovem para aceitar o registo do Placard.
“Sem idade para registar o boletim, o jovem decidiu partir os vidros do estabelecimento. ‘Nivinha’ interveio nessa sequência e foi agredido pelo jovem e familiares” de que resultaram ferimentos graves, provocados por arma branca, recorda o órgão de comunicação social vimaranense.
Em Outubro de 2022, a vítima foi emboscada à entrada da residência e novamente agredida, várias vezes, com arma branca, sendo hospitalizada em estado grave.
Na sequência dos acontecimentos, a PJ deteve três homens, de 16, 21 e 42 anos, e uma mulher, de 39 anos, da mesma família, todos suspeitos da prática de dois crimes de homicídio qualificado, na forma tentada, com utilização de arma branca.