Assembleia Municipal de Terras de Bouro aprovou, esta sexta-feira à noite, o relatório de actividades e a conta de gerência do ano de 2016, com quatro abstenções da bancada do PSD. Em fecho de ciclo autárquico, Cracel apresentou uma taxa de execução da despesa e da receita, no último ano, acima dos 93%.
Em 2016, verificou-se uma despesa global de 9.043.495,00€ e uma despesa 9.109.201,00€, um milhão acima do orçamentado, face à aprovação de alterações orçamentais para cabimentação, em grande parte, de algumas candidaturas a fundos comunitários entretanto aprovadas.
Com uma dívida total a rondar os 2.907.985,24€, Cracel assinalou a sua redução nos últimos anos e notou o “equilíbrio e conforto financeiro” da autarquia, “graças a uma gestão rigorosa”.
De resto, foi vincado o facto da autarquia ainda dispor de uma capacidade para contrair mais endividamento, na ordem de 1,6 milhões.
A requalificação das piscinas de Valdozende e do Bairro da EDP-Caniçada estiveram ainda em foco no decurso da reunião dos deputados municipais.
BANCADAS ‘ANIMAM’ SESSÃO
Manuel Sousa (ex-MPT, agora independente), de Filipe Pires (PS) e José Alberto Martins (PSD) destacam-se de entre as intervenções feitas no decurso da sessão. O líder da bancada do PSD protagonizou a intervenção mais ‘acesa’, ao acusar Cracel de não respeitar o “direito de oposição”.
“Não está a respeitar, pois não responde aos nossos contantes pedidos de envio de uma checklist com as obras realizadas e a realizar no âmbito da contracção do empréstimo de 500 mil euros”, referiu.
Cracel respondeu “não concordar”, assinalando que, “como sabe, o empréstimo foi realizado para realização de obras de melhoria da rede viária, saneamento e abastecimento de água/espaços público. Se há executivo que não esconde nada é este”, vincou, revelando que «ainda faltam investir 100 mil euros da verba contratada».
Depois de uma troca de palavras mais acesa, acabou por dar ordens para que fosse fornecida a checklist.
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