A Distrital do PSD de Braga confirmou que a candidatura proposta pela Concelhia de Terras de Bouro do PSD às próximas eleições autárquicas continha “informações erradas” e que não podia de forma alguma ser viabilizada pelo partido.
Segundo o que o jornal O Amarense apurou, a Concelhia do PSD propôs o nome de Paulo Sousa como candidato independente, o que não corresponde à verdade. É que Paulo Sousa, para além de já ter sido candidato pelo MPT em 2013, é militante activo do Movimento Partido da Terra, com quotas pagas, e por isso não poderia ser indicado como independente, infringindo assim os estatutos do PSD. Segundo fonte da Distrital, resta agora apurar se a situação omitida no processo entregue na distrital seria ou não do conhecimento da Comissão Política Concelhia.
A Distrital do PSD, que teria indícios não confirmados de que Paulo Sousa não se encontraria na condição de independente, optou por não levar a votos a proposta da concelhia terrabourense a votos, já que em alternativa avançou e aprovou a candidatura de Manuel Tibo, já homologado pela Comissão Política Nacional do PSD.
Aliás, a ausência do líder da Concelhia de Terras de Bouro na reunião do plenário, delegando funções na Vice-Presidente e Presidente da Junta da Ribeira, Eduarda Pereira, não permitiu que “se aprofundasse a questão e esclarecessem as dúvidas”.
O jornal O Amarense sabe, ainda, que os responsáveis nacionais do MPT se preparavam para anunciar Paulo Sousa como cabeça de lista às próximas eleições autárquicas do partido “em coligação com o PSD”, o que seria caso único no país com o MPT a liderar a aliança com os social-democratas. Recorde-se que mais logo está marcada uma reunião da Concelhia onde todo este processo irá ser analisado.
Com estes novos dados o encontro pode ‘quente’ até para se perceber se os elementos que compõem aquele órgão saberiam destes factos.
P.A.P. (CP 9420)