O fogo de artifício que na noite de sábado para domingo provocou um grande incêndio florestal na localidade de Alqueirão, em Vilar da Veiga, foi autorizou pela Câmara de Terras de Bouro, segundo confirmou o presidente da autarquia, Joaquim Cracel.
O autarca, começando por «lamentar» o incêndio florestal, explicou «ter sido cumprida escrupulosamente a lei, porque permite nesta altura do ano o lançamento de algum tipo de artefactos», como são as balonas pirotécnicas, uma das quais causou o fogo, que teve o envolvimento no seu combate de cerca de 40 bombeiros e sapadores florestais.
Joaquim Cracel explicou que «o despacho foi do vice-presidente, Luís Teixeira, mas eu estou inteiramente de acordo com ele, porque eu próprio subscreveria o despacho, pois é conforme a lei e condizente com o pedido do organizador», Bernardino, da Comissão de Festas em Honra do Senhor da Saúde e da Senhora das Angústias, em Alqueirão, Vilar da Veiga.
Segundo apurou O Amarense & Caderno de Terras de Bouro, a legislação foi cumprida, já que a balona pirotécnica foi lançada a 170 metros do local onde a sul incendiou uma área de três hectares, integrados no Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo que a lei obriga a manter uma distância mínima de 160 metros da floresta e de 80 metros de casas comerciais e de habitações.
Mas o facto de haver vento muito forte na zona durante a noite de sábado para domingo não terá sido devidamente tido em conta, levando a que o engenho pirotécnico tivesse de imediato provocado um efeito de rastilho e desencadeado o incêndio florestal, atrás do Hotel Eco Salvador, levando a que alguns clientes tivessem abandonado a unidade hoteleira, segundo revelou a sua proprietária, Helena Fernandes.
No terreno estiveram sempre os Sapadores Florestais da Ermida e de Rio Caldo, além dos Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso, a GNR da Vila do Gerês e o Grupo de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana, evitando assim que o fogo se propagasse e apagando os reacendimentos na manhã de domingo.
Joaquim Gomes CP(2015)