O Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, no Campo do Gerês, vai receber na sexta-feira e no sábado a terceira edição das Jornadas Técnicas Sobre os Carvalhos, este ano com o tema ‘Natureza e Turismo’. Segundo o autarca terrabourense, Joaquim Cracel, trata-se de uma iniciativa “muito importante”, até porque “Terras de Bouro é cada vez mais um município de turismo na natureza”.
As jornadas resultam da parceria da Câmara Municipal de Terras de Bouro, da ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, da Associação de Compartes da Freguesia de Campo do Gerês, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), da Ordem dos Biólogos e da Associação Mãos À Obra.
“Esta parceria é um excelente exemplo, porque mostra como seis instituições que têm fins diferentes se conseguem juntar para organizar uma actividade deste âmbito”, destacou o líder da ATAHCA, José da Mota Alves, na conferência de imprensa de apresentação das Jornadas, que decorreu esta manhã.
Segundo o responsável, o evento tem associada uma importante componente pedagógica, que deve começar pelas escolas, onde é necessário levar a “sensibilidade para as espécies autóctones”, que “devem ser olhadas com uns olhos bem diferentes daquilo que acontece hoje”.
As jornadas abrem na sexta-feira às 9h30 e são compostas, nos dois dias, por cinco painéis. Na sexta, às 15h50, será apresentado o livro ‘Carvalho, a Árvore de Portugal’, lançado pela ATAHCA, que se destina sobretudo às crianças do 1º ciclo mas “é perfeitamente adaptável” para os alunos mais velhos, segundo explicou Mónica Maia Mendes, da Ordem dos Biólogos.
Na tarde de sábado, às 15h00, destaque para a visita às plantações das I e II Jornadas Técnicas dos Carvalhos (2013 e 2014), plantação de árvores e colheita de sementes de espécies florestais autóctones.
A ‘Natureza e Turismo’ é tema principal, em duas abordagens: a gestão dos recursos naturais e a gestão dos produtos turísticos e dos seus consumidores.
Segundo a organização, “há que reflectir-se sobre as políticas e os modelos de gestão e de organização do território bem como do desenvolvimento dos produtos turísticos, tomando em conta os interesses dos proprietários e gestores de propriedades com elevado valor natural e as dinâmicas verificadas no âmbito do produto turismo de natureza”.
Por outro lado, “interessará procurar pistas para identificar encargos na preservação e valorização dos ecossistemas e formas de os repartir por quem deles usufrui ou promove a sua utilização”.
A formação é acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico de Formação Contínua para professores.
Ricardo Reis Costa (TP 2298)