Os trabalhadores da Amtrol-Alfa, em Guimarães, começaram esta segunda-feira mais uma jornada de luta com três horas de greve por cada turno, reivindicando um “maior aumento do salário”, melhores condições de trabalho e melhores condições na cantina da empresa.
O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte – SITE NORTE, João Cunha, explicou à Lusa que esta “jornada de luta”, que vai durar até quarta-feira, pretende “demonstrar o descontentamento dos trabalhadores e levar a administração da empresa a sentar-se à mesa de negociações”.
Segundo explicou, os trabalhadores da Amtrol-Alfa, em Guimarães “estão em desacordo” com o aumento salarial de 10 ou 15 euros e exigem um aumento entre os 80 e os 90 euros.
“Em 2020, em plenário, foi aprovado um caderno reivindicativo com um aumento salarial entre 80 e 90 euros [por mês]. A administração nunca se quis sentar connosco para negociações e depois apenas informou os trabalhadores que o aumento seria no máximo de 15 euros. Esta posição levou os trabalhadores a tomarem a opção pela greve”, explicou.
João Cunha referiu que a jornada que começou esta segunda-feira “é já a terceira deste ano e que nada mudou”.
“Os trabalhadores estão dispostos a negociar, a chegar a um meio termo, mas é preciso que a administração se sente com eles”, referiu.
A Amtrol-Alfa tem, segundo o SITE-Norte, cerca de 800 trabalhadores, dos quais “entre 400 e 500 são efectivos”.
O mesmo sindicato refere que o salário médio praticado naquela empresa de metalomecânica, considerada “a maior produtora europeia e a maior exportadora mundial de garrafas de gás”, é de 750 euros.
Para quarta-feira está marcada uma concentração em frente à empresa com a presença da líder da CGTP, Isabel Camarinha.
À Lusa, a administração afirmou que “não presta qualquer tipo de declarações”.