Milhares de trabalhadores do Norte e Centro do país manifestaram-se este sábado no Porto, numa concentração convocada pela CGTP, para reivindicarem aumentos dos salários e das pensões.
Esta manifestação nacional descentralizada, de manhã no Porto e à tarde em Lisboa, é “o culminar daquilo que foi um mês de esclarecimento, de mobilização, de acção reivindicativa e luta nos locais de trabalho, envolvendo milhares e milhares de trabalhadores nesta mesma discussão”, disse à Lusa Filipe Pereira, dirigente da União dos Sindicatos do Porto (USP), afecto à CGTP-IN.
Na Praça da República concentraram-se cerca de dois mil trabalhadores, nas contas da PSP, (cinco mil, segundo a organização) que depois desfilaram até à Praça dos Leões, gritando palavras de ordem como ‘O público é de todos, o privado é só de alguns’, ‘Tantas imposições, exigimos negociações’ ou ‘É preciso, é urgente uma política diferente’, entre outras.
“Estamos a assistir a um empobrecimento generalizado da população e, contrariamente, vemos os grandes grupos económicos, as grandes empresas, a banca a apresentar milhões e milhões de euros de lucros, chegam inclusive a ser pornográficos. E aquilo que nós vemos no acordo de rendimentos que foi assinado, mais uma vez entre o Governo, a UGT e os patrões, é uma actualização do salário mínimo nacional de apenas 50 euros”, disse Filipe Pereira.
O dirigente da USP considerou que um aumento de 50 euros é, até, de “alguma forma depreciativo e vergonhoso”, vindo de pessoas que “não sabem o que é viver com o salário mínimo nacional até ao final do mês”.
Com Porto Canal