Dois alunos e uma ex-aluna da Escola Secundária de Amares partem, no próximo mês de Agosto, na companhia de um professor, numa missão de voluntariado para Moçambique.
O projecto ‘Missão Amar(es)’ vai ajudar na reconstrução de uma casa numa zona da capital moçambicana como explicou, esta tarde, na Câmara Municipal, na apresentação da iniciativa, o responsável pelo projecto, Bernardino Silva.
“Este é o culminar de uma caminhada gigantesca onde estão envolvidos mais de 200 alunos nos projectos de voluntariado da escola”, começou por dizer para acrescentar depois: “é importante que os alunos tenham consciência do que os rodeia. Eles sabem da necessidade do saber mas há mais para além disso e se eles não tiverem vontade não é possível realizar estes projectos”.
Bernardino Silva espera que John Campos, Ana Vieira e Ana Amaro sejam, depois, “a voz e o rosto dos que estão lá ficam. Há gente a passar dificuldades em Portugal e em Amares mas há quem esteja bem pior. Por isso, conhecer outras realidades é importante; sentir os outros e conhecer países em vias de desenvolvimento é outros dos nossos objectivos”.
O projecto será para continuar, nos próximos anos, e daí o apelo à sociedade civil e às empresas para se juntarem ao ‘Missão Amar(es)’.
O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, deu os parabéns “pelo excelente trabalho de voluntariado que a escola vem fazendo”, realçando que “a escola é tudo na vida e quando damos o nosso tempo ao serviço dos outros, trazemos paz, amor e somos, sem dúvida, mais felizes”.
Já Flora Monteiro, da direcção da escola, elogiou o clube de voluntariado que “numa época em que se fala em crise de valores, consegue, desde os mais pequeninos, mobilizar os alunos para a concretização de vários projectos, este incluído”.
Flora Monteiro respondeu ainda aos que dizem que “também há pobreza em Amares”: “nós também ajudamos os de cá. Temos vários tipos de bens que são transportados, sobretudo pelos directores de turma, para a casa de muitos alunos sem que eles se apercebam disso. Porque a escola vai muito para além do saber”. Para “o herói, real, em carne e osso”, como apelidou Bernardino Silva, deixou “um profundo” agradecimento.
P.A.P. (CP 9420)