O Tribunal de Braga começou, esta quarta-feira, a ouvir as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa no julgamento do processo dos TUB-Transportes Urbanos de Braga.
O coletivo de juízes da Vara Mista terminou, na última sessão, a audição de três dos quatro arguidos, já que a ex-vogal dos TUB Cândida Serapicos se escusou a falar em audiência.
O último a ser interrogado, foi o ex-diretor comercial da MAN Portugal, Luís Paradinha, o qual garantiu que a acusação não tem fundamento, frisando que nunca corrompeu ninguém.
“Nem precisava de o fazer já que era líder de mercado no segmento dos autocarros urbanos em Portugal”, disse, negando ter montado um esquema de corrupção, com comissões a favor dos três outros arguidos, dois ex- administradores e um ex-técnico.
E acrescentou: “Não sei se a MAN/Braga tentou corromper alguém. Mas duvido que o tenha feito!”.
O arguido, que está a ser julgado por corrupção ativa, explicou que a MAN era a única marca que comercializava em Portugal chassis de autocarros com 12 metros e 14 toneladas, os que são mais apropriados para transporte em zonas urbanas, com ruas estreitas.
DOCUMENTOS FALSOS
O ex-diretor foi confrontado pelo juiz com documentos existentes no processo que a acusação considera serem uma das provas de que, quando os chassis eram carroçados, se acrescentava uma verba ao preço final para permitir pagar a ‘comissão’ aos três outros arguidos, através da filial MAN/Braga.
“Devem ser documentos falsos. Nunca passaram pela minha mão, nem têm qualquer anotação ou assinatura minha ou de um colaborador meu”, garantiu, sublinhando que aos custos de há sempre que acrescentar vários outros, como os de transporte, montagens, e outros”.
Luís Moreira (CP 8078)