O Tribunal de Braga condenou esta segunda-feira a 13 anos e meio de prisão o guarda-nocturno que matou um comerciante de Vila Verde a tiro à porta do bar do Grupo Desportivo de Peões, em Braga.
O arguido foi também condenado ao pagamento de uma indemnização de 141.600 euros à viúva e aos dois filhos da vítima.
O arguido Manuel Silva, guarda-nocturno, e Antero Gonçalves, 53 anos, natural de Vila Verde, vendedor de farturas numa rulote, envolveram-se, na madrugada de 19 de Fevereiro passado, numa discussão na sede do Grupo Desportivo de Peões, com o primeiro a acusar a vítima de envolvimento num assalto à residência de um familiar.
A discussão passou para o exterior do bar da colectividade desportiva, tendo o guarda-nocturno disparado um tiro que atingiu a vítima num braço. A bala, no entanto, acabou por perfurar o peito do empresário vilaverdense, provocando-lhe a morte.
O colectivo de juízes deu como provado que Manuel Silva quis matar a vítima, mas considerou não estarem reunidos os elementos necessários para a condenação por homicídio qualificado. Assim, O tribunal bracarense imputou-lhe um crime de homicídio simples e dois crimes de ameaça sobre dois outros clientes do bar.
A defesa vai recorrer por considerar que o guarda-nocturno não teve intenção de matar.