O Tribunal de Braga condenou esta sexta-feira a penas entre os cinco e os seis anos e nove meses de prisão os sete arguidos julgados pelo roubo, em Fevereiro de 2015, de 32 mil euros no centro de distribuição dos CTT em Celeirós, Braga.
A pena mais longa foi para um arguido que não confessou o crime, dizendo que não tinha participado no assalto, tese corroborada pelos restantes, mas que o colectivo de juízes não confessou.
Dois dos arguidos, que confessaram e pagaram a sua parte, cerca de dois mil euros, ainda em falta, aos CTT, viram a pena ser suspensa por cinco anos.
Um outro arguido vai continuar em prisão domiciliária. Os restantes quatro regressaram à cadeia, onde estavam em prisão preventiva.
O tribunal deu como provado que o grupo entrou aos tiros nos CTT, tendo disparado, para o ar, vários tiros de intimidação dos funcionários presentes. Estavam acusados de roubo agravado, posse de arma proibida e falsificação de matrículas.
Na ocasião, a GNR recuperou cerca de metade da verba roubada, mas a maioria dos arguidos, a conselho do advogado Machado Vilela, devolveu a outra metade, antes do fim do julgamento
A acusação sustentava que quatro membros do grupo entraram nos CTT aos gritos e intimidaram uma funcionária, a qual indicou as gavetas onde estava o dinheiro.
Cinco dos sete arguidos – residentes em Braga e em Guimarães – foram detidos pela GNR logo após o assalto. Os outros dois entregaram-se nos dias seguintes.
Quatro deles entraram nos CTT, gritando e disparando para o ar; dos outros, um ficou a conduzir a viatura – roubada na Suíça – e dois de vigia.
A GNR, que investigava o grupo – a maioria seguranças nocturnos e um mecânico – , topou um com um ‘walkie talkie’ na mão, na estrada . Seguiu-os, vindo a deter quatro numa garagem no bairro do Carandá, em Braga, e um quinto, nas Caldas das Taipas, Guimarães.
Apreendeu um Mercedes C270, 400 euros, 50 relógios, matrículas portuguesas e estrangeiras, ferramentas, documentos, chaves de ignição, gás pimenta, um binóculo, pés de cabra, e luvas.
Redacção/PressMinho