O Tribunal Coletivo de Braga acabou, há dias, as audiências do julgamento de cinco arguidos acusados da prática, na cidade, dos crimes de tráfico de pessoas, lenocínio e auxílio à imigração ilegal. O Tribunal vai, agora, proferir o acórdão.
O processo envolve um casal estrangeiro, sem outra atividade profissional conhecida, que explorava vários apartamentos – um deles na Avenida da Liberdade – “destinados ao fomento e facilitação da prática da prostituição, recorrendo à angariação de mulheres estrangeiras, algumas com recurso ao logro no seu país de origem”.
Outros três cidadãos, um estrangeiro e outros dois portugueses, foram igualmente julgados pelos crimes de lenocínio e auxílio à imigração ilegal, “pela colaboração e apoio que proporcionavam aos primeiros dois no desenvolvimento da atividade ilícita”.
A acusação baseou-se numa investigação, de cerca de oitos meses, desenvolvida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de Braga.
Em Outubro de 2014, o SEF havia já executado dois mandados judiciais de busca em habitações e numa viatura, procedendo à apreensão de volumosa documentação relacionada com os crimes em investigação, material informático, telemóveis e numerário. A investigação envolveu um número substancial de diligências, recolha de testemunhos e outros meios de obtenção de prova, tendo permitido apurar os elevados lucros auferidos pelos arguidos.
Luís Moreira (CP 8078)