O Tribunal de Braga vai iniciar o julgamento dos sete arguidos, seis dos quais em prisão preventiva, acusados pelo Ministério Público do crime de roubo agravado aos CCT de Braga.
Os alegados autores do assalto, em 2015, anunciaram, entretanto, que vão devolver os 16 mil em falta, dos 32 mil que então levaram dos cofres dos correios.
O advogado Machado Vilela adiantou que o grupo está a reunir a verba que a GNR não recuperou quando procedeu à sua detenção para a devolver aos CTT antes do início do julgamento.
O jurista, que representa três arguidos, tem vindo a contestar a sua prisão preventiva, posto que o MP “não conseguiu provas de que eram uma associação criminosa, nem as suspeitas de que terão sido autores de outros roubos na região”.“Porque é que há seis presos preventivos e um em domiciliária, quando foi na garagem deste que foi encontrada a carrinha usada no assalto”, pergunta?.
Cinco dos sete arguidos – residentes em Braga e em Guimarães – foram detidos pela GNR logo após o assalto. Os outros dois entregaram-se nos dias seguintes. Todos confessaram o crime.
Quatro deles entraram no Centro de Distribuição em Celeirós, gritando e disparando para o ar; dos outros, um ficou a conduzir a viatura – roubada na Suíça – e dois de vigia.
A GNR, que investigava o grupo – a maioria «seguranças» noturnos e um mecânico – , topou um dos de ‘walkie talkie’ na mão, numa estrada junto aos CTT. Seguiu-os, vindo a deter quatro numa garagem no bairro do Carandá, em Braga, e um quinto, nas Caldas das Taipas, Guimarães.
Apreendeu um Mercedes C270, 400 euros, 50 relógios, matrículas portuguesas e estrangeiras, ferramentas, documentos, chaves de ignição, gás pimenta, um binóculo, pés de cabra, e luvas.
Luís Moreira (CP 8178)