O Tribunal de Contas deu ‘luz verde’ para que possa avançar a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), em Braga, anunciou esta quarta-feira a empresa municipal AGERE.
“Dentro do cronograma inicial, a empresa irá proceder a consignação da empreitada ao consórcio ganhador, iniciando de imediato os procedimentos da sua construção, mantendo-se a previsão de conclusão em finais de 2023”, refere.
Em comunicado, a AGERE explica que o concurso foi dividido em dois lotes, o primeiro relativo ao emissário que transportará o efluente até à ETAR e o segundo relativo à própria ETAR.
“O concurso para a nova ETAR de Braga foi adjudicado com o valor de 30 milhões de euros, visando este investimento reforçar o Sistema de Tratamento de Águas Residuais do Município de Braga e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade das massas de água”, assinala.
Para a empresa municipal, trata-se de um “investimento prioritário pois permite aumentar a resiliência do Sistema Cidade de Braga, bem como o reforço substancial da capacidade de tratamento instalada, e ainda pela divisão dos caudais de descarga em duas bacias hidrográficas (Cávado e Ave), mantendo-se, no entanto, a interligação entre os sistemas, permitindo corrigir definitivamente os problemas actuais existentes”.
“O principal objectivo do investimento a realizar consiste no reforço do Sistema de Tratamento de Águas Residuais do Concelho de Braga, o que só será conseguido com a construção da nova ETAR do Este, que drenará para uma outra bacia, a bacia hidrográfica do rio Ave, e terá capacidade de tratamento dos efluentes de cerca de 200.000 habitantes equivalentes, e, assim, irá eliminar as actuais descargas indevidas, constituindo em conjunto com a ETAR de Frossos, a garantia de capacidade de tratamento e de descarga necessárias para o cumprimento da Directiva Águas Residuais Urbanas no respectivo Sistema”, frisa.
De acordo com a AGERE, este investimento de 30 milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários em nove milhões de euros, “será realizado sem qualquer repercussão no tarifário da empresa, e assim continuará a ser nos próximos anos”.