O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira que Israel e os Emirados Árabes Unidos concordaram em estabelecer relações diplomáticas plenas, como parte de um acordo para impedir a anexação israelita de terras ocupadas pelos palestinianos.
O anúncio torna os Emirados Árabes Unidos (EAU) o primeiro Estado do Golfo Árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel e apenas a terceira nação árabe a fazê-lo.
Donald Trump partilhou na rede social Twitter uma declaração dos dois países, reconhecendo o acordo.
Já na Sala Oval, disse aos jornalistas que foi “um momento verdadeiramente histórico”.
“Agora que o gelo foi quebrado, espero que mais países árabes e muçulmanos sigam os Emirados Árabes Unidos”, escreveu no Twitter.
Após o anúncio de Donald Trump, Israel e os Emirados Árabes Unidos divulgaram uma declaração conjunta em que se refere que delegações dos dois países vão reunir-se nas próximas semanas para assinar acordos sobre voos, segurança, telecomunicações, energia, turismo e saúde.
Os dois países vão também estabelecer uma parceria no combate à covid-19.
“A abertura de laços directos entre as duas sociedades mais dinâmicas e as economias mais avançadas do Médio Oriente vai transformar a região, estimulando o crescimento económico, aprimorando a inovação tecnológica e estreitando relações entre as pessoas”, lê-se no comunicado assinado por Netanyahu e o príncipe herdeiro do Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o governante dos Emirados Árabes Unidos.
O secretário de Estado Mike Pompeo também elogiou a iniciativa, que caracterizou como “uma conquista notável para dois dos Estados mais progressivos e tecnologicamente avançados do mundo, que reflecte a visão regional compartilhada de uma região economicamente integrada. Ilustra também o compromisso em enfrentar ameaças comuns, como nações pequenas, mas fortes. Bem-aventuradas são os pacificadores”.
Entre as nações árabes, apenas o Egipto e Jordânia têm laços diplomáticos com Israel. A Mauritânia reconheceu Israel em 1999, mas depois cortou relações, em 2009, devido à guerra de Israel em Gaza.