Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) explicaram esta segunda-feira, em reunião do executivo camarário, a renovação de 30% da sua frota com a aquisição de 32 novos autocarros, 7 eléctricos e 25 a gás natural.
Como o PressMinho/O Vilaverdense anunciou, o investimento total da operação ascende aos 10 milhões de euros, contando com uma comparticipação do Fundo de Coesão, através do Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), em cerca de 3,6 milhões de euros.
Segundo a transportadora municipal, a medida permite a aquisição de 32 autocarros com “superior eficiência e eco sustentabilidade, assegurando os melhores níveis de sustentabilidade e performance ambiental dos serviços prestados no transporte colectivo de passageiros em Braga”.
“De uma assentada só, vamos renovar um terço da frota dos TUB. Além dos 7 autocarros eléctricos e 25 a gás natural, teremos mais 7 carregadores eléctricos e uma estação de enchimento para o abastecimento dos veículos movidos a gás natural”, explicou Teotónio dos Santos ao executivo.
“Com esta medida vamos dar um avanço significativo na renovação da nossa frota e melhorar claramente o serviço prestado aos cidadãos”, referiu o administrador dos TUB.
Segundo Teotónio dos Santos, os 7 novos autocarros eléctricos devem chegar aos TUB ainda este ano, enquanto que os 25 a gás natural estarão ao serviço durante o ano de 2020.
REPAROS DA CDU
O financiamento, explicou, “não viabiliza o aumento da frota, mas sim a substituição de veículos”, questão que mereceu reparos da oposição, nomeadamente de Carlos Almeida, da CDU, que considera que a empresa não tem viaturas suficientes para o serviço.
Uma “lacuna” que Teotónio dos Santos identificou, explicando que em termos legais, o POSEUR não permite que se reforce a frota.
“Por cada autocarro novo introduzido, tem de ser abatido um autocarro velho. Por isso só podemos substituir autocarros a diesel sem haver um aumento de frota”, referiu.
Teotónio dos Santos explicou, ainda, a decisão de optar por “uma aquisição mista” entre autocarros eléctricos e a gás natural.
“Não queremos ficar dependentes de uma só tecnologia. Já temos 6 autocarros eléctricos e agora vamos ter mais 7 e passaremos a contar com 13. Passamos a ter uma percentagem superior de autocarros eléctricos, comparativamente com outras cidades como Lisboa e Porto”, referiu, lembrando que as viaturas eléctricas continuam a ter um custo de aquisição bastante mais elevado que as de gás natural.
FG (CP 1200)