O presidente da TAP, Fernando Pinto, está entre os visados da investigação a suspeitas de corrupção e gestão danosa na transportadora aérea nacional, avança a Renascença.
Atrás de explicações para os negócios que a TAP fez no Brasil, o Ministério Público e a Policia Judiciária voltaram esta sexta-feira às instalações da companhia, em Lisboa, para realizar buscas.
Desta vez, em causa está a aquisição da VEM, a empresa brasileira de manutenção e engenharia. Embora não haja ainda arguidos, entre os principais visados está o próprio Fernando Pinto, o administrador que em 2005 fez questão de fazer aquela compra.
Neste inquérito, os magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e os inspectores da Unidade de Combate à Corrupção da Judiciária procuram, especificamente, uma explicação para o negócio ruinoso que foi a compra da VEM, em 2005.
As buscas desta sexta-feira tiveram como principal objectivo a recolha de prova documental e, além do edifício sede da TAP, incluíram a Parpública, a entidade pública que gere as participações do estado em empresas.
A empresa de manutenção e engenharia brasileira custou 500 milhões de euros e, nos relatórios de contas da TAP, fica claro que sempre foi deficitária, penalizando fortemente a situação geral da transportadora ao longo da última década.
Por essa razão, Fernando Pinto é um dos principais visados nesta investigação, sendo suspeito da prática dos crimes de participação económica em negócio, e gestão danosa, adianta a Renascença.
De acordo com uma nota da Procuradoria-Geral da República, há no entanto outros crimes em investigação, nomeadamente os de tráfico de influência, burla qualificada, corrupção e branqueamento.
Ainda de acordo com o DCIAP, nesta altura não há ainda arguidos constituídos, avança a RR
FG (CP 1200) com RR