Quase um quinto das crianças em todo o mundo está excluída da vacinação de rotina para doenças evitáveis como a difteria, a tosse convulsa ou o tétano, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para assinalar a Semana Mundial da Imunização, a decorrer ao próximo dia 30, a OMS emitiu um comunicado em que sublinha os recentes avanços na vacinação, mas também aponta o caminho a seguir para se alcançarem os objectivos definidos para 2020.
Apesar de evitar entre dois e três milhões de mortes todos os anos, a imunização poderia salvar mais 1,5 milhões de vidas, se a cobertura vacinal aumentasse.
Actualmente, estima-se que 18,7 milhões de crianças em todo o mundo, ou seja uma em cada cinco, estejam de fora da imunização de rotina para doenças evitáveis como a difteria, a tosse convulsa ou o tétano.
Citada no documento, a directora-geral da organização, Margaret Chan, disse que no ano passado a imunização levou a alguns ganhos notáveis na luta contra a poliomielite, a rubéola e o tétano materno e neonatal.
“Mas foram ganhos isolados. A poliomielite foi eliminada num país, o tétano em três e a rubéola numa região geográfica. O desafio agora é tornar ganhos como estes a norma”, afirmou.
Em 2015, a região das Américas tornou-se a primeira a eliminar a rubéola, uma doença viral que causa defeitos congénitos múltiplos e morte fetal quando contraída na gravidez; a Nigéria erradicou a poliomielite, deixando apenas o Afeganistão e e Paquistão na lista dos países onde a doença é endémica; e a Índia juntou-se ao Camboja, à Mauritânia e a Madagáscar na eliminação do tétano materno e neonatal.
Além disso, recorda a OMS, ao fim de cinco anos da introdução de uma vacina acessível para a meningite A, mais de 230 milhões de pessoas foram vacinadas, permitindo o controlo e a quase eliminação da doença na ‘cintura da meningite’ de África, que se estende entre o Senegal e a Etiópia.
“Embora o mundo tenha visto algumas conquistas na imunização, a cobertura global da vacinação estagnou nos últimos anos”, disse por seu lado a directora-geral-adjunta da OMS para a saúde da Família, das Mulheres e das Crianças e vice-diretora do Gavi (aliança para a vacinação).
Fonte: Lifestyle