A campanha de vacinação contra a gripe deve começar no início de Outubro, com a vacinação dos grupos prioritários, revelou, esta sexta-feira, o Ministério da Saúde. Governo confirmou, entretanto, que vai comprar mais 146 mil doses da vacina da gripe
Em nota enviada às redacções, o Ministério confirma a informação avançada esta sexta-feira de manhã por António Lacerda Sales, nomeadamente que Portugal vai ter, na época gripal 2021/2022, 2,24 milhões de doses de vacinas contra a gripe, o que representa um aumento global de 7% (mais cerca de 146.000 doses).
“A primeira fase irá privilegiar novamente utentes de lares residenciais, serviços de apoio domiciliário, centros de acolhimento temporário e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), seguindo-se os profissionais de saúde e mulheres grávidas, também considerados prioritários”, revela a nota do gabinete de Marta Temido.
À semelhança dos anos anteriores, as vacinas a inocular em Portugal serão “tetravalentes, incluindo 4 tipos de vírus da gripe (2 do tipo A e 2 do tipo B)”.
Recorda o Ministério da Saúde que, por norma, a “gripe é curada espontaneamente, mas podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos. Assim, a vacinação é a melhor prevenção, sobretudo para evitar a doença grave”.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS), recorde-se, a vacina é gratuita para cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, para pessoas residentes ou internadas em instituições, para pessoas com algumas doenças específicas, para profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.
MAIS DOSES
Também esta sexta-feira o Governo confirmou que vai comprar mais 146 mil doses da vacina da gripe para preparar o Outono e o Inverno de 2021/2022.
“Nesta época 2021/2022, vamos fazer um reforço de 7%, mais 146 mil doses para podermos estar preparados para esta situação”, revelou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, em entrevista à TVI.
Segundo o governante, está a ser preparado um referencial “que sairá dentro de pouco tempo”. O objectivo passa por reforçar a vigilância epidemiológica e a vacinação da gripe sazonal.
No total, indica ainda a estação de Queluz, Portugal vai ter 2,3 milhões de vacinas.
Para Lacerda Sales é determinante não esquecer a aprendizagem que foi possível absorver num ano de pandemia. “A gripe este ano foi residual, em função do conjunto de métodos de barreira que temos. Houve aqui uma aprendizagem e por isso eu acho que devemos utilizar essas aprendizagens de futuro, para que possamos estar mais protegidos”, vincou.
Recorde-se que, no ano passado, houve uma procura pela vacina da gripe superior à oferta, contrariamente ao que costumava acontecer.
Em Março deste ano, aliás, a ministra da Saúde explicou, que Portugal tinha adesões “historicamente muito baixas” à vacinação contra a gripe sazonal.
Porém, no último ano houve uma “adesão de 65%” à vacina da gripe, o que, já em Março, levava o Governo a antecipar um reforço deste imunizante.