Os próximos dias vão ficar marcados por temperaturas até 42ºC, pouco vento e noites tropicais, acima dos 20º C. O alerta é do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Já o Instituto Ricardo Jorge prevê um possível aumento da mortalidade nos próximos três dias.
Em nota enviada às redacções, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revela que uma “massa de ar muito quente e seco” chegou ao nosso país, o que vai provocar um aumento generalizado das temperaturas, “pelo menos”, até ao dia 20 de Julho.
“A temperatura máxima irá registar valores superiores a 30º C em praticamente todo o território, podendo atingir valores de 38 a 42º C em especial nas regiões do interior. A temperatura mínima irá registar também valores elevados, sendo que em alguns locais serão da ordem de 20º C ou superiores (noites tropicais) ”, revela o comunicado do IPMA.
“O céu estará em geral limpo e o vento irá diminuir de intensidade, soprando em geral fraco do quadrante leste, exceto no litoral onde durante a tarde, se fará sentir a brisa marítima”, informa ainda o instituto.
Mortalidade
O índice Ícaro Nacional divulgado pelo Instituto Ricardo Jorge prevê um possível efeito sobre a mortalidade nos próximos três dias devido à previsão de Temperaturas Extremas Adversas.
Segundo o delegado de saúde, o índice situa-se em 1,789. “O índice Alerta ÍCARO toma valores maiores ou iguais a zero, sendo esperados efeitos sobre a mortalidade quando este ultrapassar o valor um”. Daí o alerta para que “nestas circunstâncias sejam redobradas as precauções com os utentes pertencentes aos grupos de risco em especial, e com a população em geral”.
Um Índice Alerta Ícaro é uma medida numérica do risco potencial que as temperaturas ambientais elevadas têm para a saúde da população. Compara os óbitos previstos pelo modelo estatístico subjacente ao sistema de vigilância ÍCARO, com os óbitos esperados sem o efeito das temperaturas extremas.
Proteja-se
Direcção-Geral de Saúde (DGS) “recomenda a adopção de medidas gerais de prevenção destinadas à população em geral e medidas específicas para pessoas mais vulneráveis aos efeitos do calor”, nomeadamente bebés e crianças pequenas, idosos, doentes crónicos, praticantes de desporto e pessoas isoladas e em carência económica e social.
Assim, para “se proteger dos efeitos negativos do calor intenso” a DGS recomenda que as pessoas se mantenham hidratadas, protegidas do calor e com a casa fresca.
Para quem tem problemas de saúde, a DGS aconselha a estar especialmente atento e protegido.
P.A.P. (CP 9420) com FG (CP 1200)