A comissão arbitral, com quatro peritos, criada para avaliar os estragos causados pelos rebentamentos na obra de construção da barragem da Venda Nova vai avançar para o terreno.
O presidente da Câmara, António Cardoso adiantou ao PressMinho que o protocolo com o consórcio da obra já foi assinado, pelo que, os trabalhos vão avançar, “muito em breve”.
A avaliação incide sobre os rebentamentos subterrâneos que terão afectado 100 habitações, 60 delas em Botica, Ruivães. Os proprietários dizem que o consórcio fez mais de três mil explosões, entre 2010 e 2013, com cargas de mais de mil quilos.
Entretanto, o Tribunal de Braga indeferiu o pedido de indemnização de 56 mil euros feito por um casal de Ruivães, Vieira do Minho, por causa de danos numa vivenda que sustentavam ser resultado das vibrações causadas pelos rebentamentos da obra de Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova, da EDP.
O juiz não deu como provado que os danos tivessem sido causados pelas explosões, já que a casa onde moram é de construção imperfeita e feita há décadas.
Maria Natália Martins e Avelino Carvalho moravam há mais de 20 anos na casa que construíram, sem que esta tivesse problemas, isto até a EDP ter arrancado, em 2010, com a obra, com escavações e explosões no subsolo.
O consórcio construtor, que integra a Msf – Engenharia, a EDP – Gestão da Produção de Energia, a Mota-Engil, a Spie Batignolles Europe e a Somague negou que tenha causados os estragos, contrapondo que a casa terá sido deficientemente construída, logo nos alicerces. O Tribunal concordou.
Luís Moreira (CP8078)