A vereadora da CDU na Câmara Municipal de Braga voltou a criticar a opção da maioria no Executivo de pagar rendas mensais elevadas em vez investir em equipamentos para albergar os seus próprios serviços.
Falando, esta quarta-feira, à margem da visita ao Human Power HUB (HPH), projecto de inovação e empreendedorismo social, agora sob a responsabilidade da Bragahabit, Bárbara Barros retomou a crítica que já levara a CDU a votar contra a instalação do HPH num edifício privado.
“Compreendemos a necessidade de ter instalações adequadas, como estas, para o desenvolvimento de um projecto destes, no entanto reforçamos a urgência de a maioria neste executivo decidir investir em equipamentos municipais capazes de albergar os seus serviços e projectos em espaços próprios”, sustentou.
A vereadora comunista criticou a opção de “pagar rendas mensais na ordem dos 3000 euros a um privado, como aqui acontece, em vez de se investir o erário público em equipamentos que fiquem para o município e para os bracarenses”.
A autarca lembrou que a Câmara Municipal deteve o direito de preferência da Câmara Municipal para aquisição da fracção do edifício do Castelo que ocupou, e onde este projecto também esteve sediado.
Bárbara Barros alertou que “muito em breve” será “necessário pensar numa solução para albergar também a própria Bragahabit”, aludindo à necessidade de se continuar a reforçar as equipas desta empresa municipal e “à falta de espaço físico que já se vai fazendo sentir nas actuais instalações”.
Acompanhada pelos eleitos locais João Melo, na freguesia de S. Vítor, e André Castanho, na de S. Vicente, visitou as instalações do HPH e ficou a conhecer os projectos ali em desenvolvimento.
Depois de se ter iniciado com recurso a programas de apoio à inovação social, o HPH passou este ano para a égide da empresa municipal Bragahabit, passando a acolher empreendedores “com vontade de responder a problemas sociais criando soluções que possam ter impacto na comunidade”.
A vereadora da CDU valorizou “a integração deste projecto no âmbito da actuação municipal mais directa, possibilitando uma maior ligação entre a iniciativa privada e o necessário reforço das políticas sociais municipais”.
Para Bárbara Barros, “a responsabilidade primeira de responder às necessidades e fragilidades sociais das comunidades é política e pública”, mas sublinhou a importância de se “criarem parceiros com a capacidade de encontrarem novas soluções que possam alavancar esta resposta pública”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)