A Organização Mundial da Saúde (OMS) gastou cerca de 172 milhões de euros em despesas com viagens em 2018, com os funcionários a desrespeitarem regras internas sobre deslocações, indicam documentos divulgados, esta segunda-feira, pela agência Associated Press.
Os documentos revelam que funcionários desta agência da ONU violaram as regras internas ao viajarem em classe executiva, com reservas de bilhetes caros de última hora, e ao se deslocarem sem as aprovações necessárias.
Os gastos denotam uma quebra de 4% em relação a 2017, mas, nessa data, a OMS comprometeu-se a conter os abusos relacionados, após uma investigação da mesma agência noticiosa norte-americana.
Os documentos relativos a 2018 revelam ainda que os auditores da OMS descobriram que alguns funcionários deturpavam descaradamente as razões para as viagens.
Esta incapacidade de conter os abusos pode afastar potenciais doadores e parceiros, numa altura em que a OMS inicia a sua reunião anual de uma semana em Genebra, procurando maior apoio para combater um surto devastador de ébola no Congo e outras doenças mortais, incluindo poliomielite, malária e sarampo.