O vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva disse, sexta-feira, à noite em Braga que a política orçamental do “atual governo de assembleia” tem efeitos devastadores na credibilidade internacional de Portugal, os quais se refletem negativamente na economia.
“O Governo já tem um plano B que lhe foi exigido em Bruxelas mas tem vergonha de o mostrar”, afirmou, sustentando que há unanimidade internacional em torno da ideia de que “o país se tornou de novo problemático”.
O ex-ministro do Ambiente do governo PSD/CDS falava na Assembleia Distrital do PSD, ato em que os militantes presentes aprovaram, de forma unânime, um voto de louvor ao eurodeputado e presidente da Distrital, José Manuel Fernandes, que recebeu, esta semana, no parlamento europeu, a distinção de parlamentar do ano.
Jorge Moreira da Silva defendeu que o PSD deve continuar a lembrar aos portugueses a obra feita no Governo, em termos de redução do défice, controle das contas públicas, crescimento sustentado e descida do desemprego, fazendo “um escrutínio de comparação com o governo atua”.
Lamentou que os socialistas tenham acabado com os exames nas escolas, recorrendo agora a um remendo para não ficar mal na fotografia, e evocou o fim da descida progressiva do IRC para as empresas, medida que vinha ajudando ao aumento do investimento e à boa imagem de Portugal nos mercados internos.
“Com esta política de instabilidade os investidores internacionais vão, de certeza, procurar outro país”, frisou, acentuando que irão para países como a Irlanda e o Luxemburgo onde a fiscalidade é menor e as regras não mudam, de repente.
Considerou, ainda, como errada a alteração da medida fiscal de “quociente familiar” lançada pelo anterior Governo, sublinhando que iria promover a natalidade, uma necessidade num país que tem a segunda mais baixa taxa de nascimentos do mundo.
Dirigindo-se para o interior do partido, disse que o facto de o PSD não ser governo apesar de ter vencido as eleições, é uma oportunidade para aprofundar o reformismo que o carateriza, propondo novas políticas, e desafiou os militantes a estarem unidos em torno do próximo combate político, as eleições autárquicas de 2017.
De seguida, o presidente da Distrital José Manuel Fernandes agradeceu o voto de louvor, e lembrou que é a primeira vez que um eurodeputado da Comissão de Finanças e Orçamento recebe a distinção. Disse que em Braga o partido está “unido e em paz” e reafirmou o apoio da Distrital à candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança: “é o único português capaz de liderar o Governo que Portugal precisa”, vincou.
Lembrou a “excelente herança” do anterior Executivo, focando, em especial, a negociação em Bruxelas dos fundos comunitários que trazem 11 milhões de euros por dia ao país. Neste domínio acentuou que as verbas atribuídas ao Fundo Social Europeu atingem 38 por cento do total, quando poderiam ser apenas de 23 por cento, ou seja- anotou – Passos Coelho apostou no combate à exclusão”
Na ocasião, intervieram ainda os deputados Jorge Moreira da Silva e Emídio Guerreiro e o militante Luís Cirilo.
Luís Moreira (8078)