António Aparício, histórico do PSD de Vila Verde, anunciou esta quinta-feira ter pedido a demissão de militante do partido, com efeitos imediatos, devido à recandidatura de António Vilela, “que está a contas com a justiça”.
Em comunicado, António Aparício acusa os responsáveis do PSD de Vila Verde de colocarem “os seus interesses pessoais à frente dos do partido e, principalmente, do concelho”.
“Só assim se justifica que o PSD aceite e aprove a candidatura de um seu militante, o dr. António Vilela, que está neste momento a contas com a justiça, por envolvimento em processos crime, onde está constituído arguido”, explica.
Lembrando que as medidas de coacção do autarca impedem-no de sair do país e de contactar com Rui Silva, António Aparício critica também o facto de o presidente da Concelhia se manter em funções, “depois de ser rotulado pela juiz no mesmo despacho desse processo como um “suspeito””.
“Aquilo que, nas actuais circunstâncias, se esperaria de um verdadeiro social democrata seria a sua retirada temporária da vida política, até que os factos daquele processo se esclarecessem. Desse modo, mostraria o seu desapego ao poder e ajudaria a justiça a fazer o seu trabalho livremente”, frisa.
No comunicado, António Aparício lembra que se filiou no PPD/PSD há mais de 40 anos, tendo sido militante de base e presidente da Comissão Política Concelhia nos finais da década de 1970 e início de 1980.
“Nos últimos tempos, a actuação do meu partido, especialmente a nível concelhio, não respeita os valores da social democracia, tão bem sintetizados por Francisco de Sá Carneiro: “primeiro, Portugal (neste caso, aqui, Vila Verde); depois o partido; por fim a circunstância pessoal de cada um de nós”, critica.
O jornal O Vilaverdense tentou ouvir o presidente da concelhia do PSD, Rui Silva, mas sem sucesso.
RRC (CP 10478)